sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Rock in Rio 2011 - Curiosidades, arredores e balanço final!


Kit básico para a maratona: entrada + passagem de ônibus especial! Tudo transcorreu sem nenhum problema, sem fila, sem espera! Nota dez em organização. Claro que eu providenciei tudo com a devida antecedência.
Galerinha no ônibus especial (rodoviária-cidade do rock, via linha amarela). Deixei o carro no estacionamento da rodoviária e paguei 24 reais pela diária, baratinho. O ônibus especial foi 35 moedas.


O trajeto percorrido pelo ônibus é pontilhado por algumas construções que eu acho muito bonitas, ou curiosas, a começar pela maravilhosa "cidade da música", o nosso Lincoln Center, que nunca acaba de ser construido, mas que espero um dia poder curtir bastante!!!!

Outra construção mui bela dentro do seu estilo arquitetônico é o meu (ainda) vizinho no Engenho de Dentro, o estádio do Engenhão. Um charme!

Ah, o adorável castelo mourisco da Fundação Oswaldo Cruz, menina dos olhos e objeto de estudo, restauração e publicação do meu querido amigo Benedito, o arquiteto que sabe tudo do castelo do Dr. Carlos Chagas.

 Essa PAVOROSA construção em forma de pirâmide encontra-se numa encosta rochosa, quase sobre um dos túneis da Linha Amarela, acho muito engraçada de tão feia que é!

Ainda na Fundação Oswaldo Cruz Encontramos também esse deslumbrante painel de Portinari, mas praticamente ninguem o nota porque ele fica na margem da avenida Brasil, em meio a milhares de onibus, carros e motos apressadas, em pena! Merecia estar num lugar de maior destaque, onde pudesse ser melhor usufruido pelo povo!


Cheguei cedo na cidade do Rock e havia uma fila para entrar, mas foi bem rápida. Os portões ainda estavam fechados quando eu cheguei por isso a fila se formou.

Logo que cruzei o portão da cidade do Rock a primeira pessoa que avistei foi o DONO DA FESTA, Roberto Medina, ele está sempre por lá na hora que abre o portão! Está de parabéns! Pelo menos para mim, essa edição do Rock in Rio ocorreu sem nenhum tipo de problema. Achei o evento super organizado, não enfrentei fila para nada, vi os shows com muito conforto, não houve aperto, nem confusão, havia uma variedade grande de comida, inclusive japonesa, enfim, nota dez em organização!
Sem falar que os shows foram ARRASADORES!!!!!


 Os setores de alimentação estavam super organizados, só havia fila pequena para comprar cerveja, mas como não bebo, para mim foi tranquilo e a oferta era grande: empadinhas, pizza, yogoberry, salada de frutas (tinha uma filial do hortifruti, pode?), comida japonesa, tudo era fornecido em caixinhas, até o kit do Habibs estava fofo: era uma caixinha com três kibes de queijo e um doce, custava dez reais e era servido ainda bem quentinho, inclusive no meio da plateia durante os shows!!


 Havia uma série de diferentes brindes e para alguns, aí sim tinha fila. Aliás foi a única fila que enfrentei, fora a da entrada, mas o brinde valia a pena: era simplesmente uma POLTRONA INFLÁVEL vermelhinha linda, da CLARO, claro que entrei na fila, né? ha ha ha ha ha , fora isso tinha outros brindes super fofos: capas de chuva, anéis que acendiam, microfones infláveis, e o mais badalado de todos: óculos-ROCK! Peguei para mim e para os amigos Augusto, Bebel, Brahma e meu sobrinho Tiago!!!

Esse pufe inflável era um dos brindes!!! Muito fofo, não? Mas a poltroninha vermelha é mais! Espia:
 Ah sim, dessa vez a grama era sintética.

Como podem notar, eu estava numa pegada rock'roll :)

Aqui está uma das equipes da Globo preparada para gravar!
 
O festival estava bem tranquilo, e entre um show e outro vários grupos e familias faziam piquenique!

Essas moças que estavam trabalhando curtiram a beça o show de Africa Bambaataa, achei muito curioso.

Sempre as compras, né? Quem nunca? Eu mesma fui OBRIGADA a comprar uma camiseta pois como o dia amanheceu muito nublado achei que fosse fazer frio e fui de preto. Qual o quê! Calor de rachar catedral, como diria Nelson Rodrigues. A primeira coisa que fiz ao cruzar o portão foi correr e comprar uma camiseta do festival de cor branca, claro!

Esse aí mesmo todo acidentado não se intimidou, afinal, ERA DIA DE ROCK, BEBÊ!!!!!
Que venha o próximo!


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Essa galocha Missoni que foi vendida por U$ 34,99 doletas na Target, estava sendo negociada no ebay. Valor? U$31.000,00 doletas. Vc leu certo amigo leitor-goiabada: trinta e um mil dólares!!!! Oi?

A vendedora alega que precisa do dinheiro para pagar a faculdade da filha! Ela está certa. Otário é quem paga esse valor por uma galocha de borracha. Sou mais a minha sete léguas pretinha e amarela que custou R$ 35,00! Tem muito mais uma pegada rock'in roll né gente?? ha ha ha ha ha ha

Grandeza das "futilidades". Por Contardo Calligaris.

NO COMEÇO de agosto, jovens londrinos foram às ruas (e aos saques) apoderando-se de bugiganga eletrônica e roupa de marca; mencionei esse fato na coluna da semana passada.


Alguns leitores entenderam que eu desaprovava a revolta pela futilidade de seus motivos, um pouco como Luiz Felipe Pondé ao apresentar a turba como um recém-nascido MSI, Movimento dos sem iPad (na Folha de 22 de agosto).

Os mesmos leitores atribuíram aos manifestantes uma motivação "mais nobre". Por exemplo, @blogsessao, no Twitter, afirmou que os jovens não arriscariam suas vidas por bugiganga: eles deviam estar protestando contra desemprego, violência policial etc. -coisas mais sérias.

Pois bem, contrariamente a @blogsessao, acho que os jovens queriam mesmo os objetos que roubaram. E, contrariamente a Pondé (e também a @blogsessao), acho que os objetos que eles roubaram não têm nada de fútil: na modernidade, as aparências e os objetos de consumo são atributos constitutivos da subjetividade e da liberdade. Explico.

Até o século 18, um nobre poderia chegar a uma festa a pé e, mesmo assim, ele seria recebido com a honra devida à sua condição. Seus eventuais apetrechos (roupa, aparato) eram seu direito exclusivo (alguém que não fosse nobre não poderia usar os mesmos), mas a honra era devida ao seu berço, não ao seu aparato.

Hoje, chegando a uma boate, seu carro, seu estilo ou sua roupa podem fazer que você seja admitido ou barrado. Será que nos tornamos escravos dos objetos e do aparato?

Ao contrário, os objetos e o aparato são a condição de uma liberdade inédita, porque, hoje, ninguém será barrado na festa porque nasceu num berço humilde -só se ele tiver escolhido o aparato errado.

Alguém dirá que o aparato custa dinheiro: os direitos conferidos pela riqueza teriam substituído os conferidos por nascença. É possível, mas, em tese, todos podem enriquecer e, hoje, o estilo vale tanto quanto a riqueza (há festas nas quais só se entra de meia furada e calçado ortopédico velho).

Mas voltemos a algo que talvez não tenha ficado claro quando falei do aparato que era direito exclusivo do nobre. Com a modernidade, acabaram as leis suntuárias, que serviam para colocar ordem nos costumes e na sociedade. Por exemplo, as prostitutas deviam se vestir de um certo jeito -sempre, não só no exercício da profissão. E os artesãos e comerciantes não podiam imitar as vestimentas e os aparatos dos nobres. Desde a Idade Média, essas leis eram uma tentativa de a nobreza frear o consumo e o prestígio dos burgueses, que estavam ficando cada vez mais influentes. Ou seja, eram maneiras de resistir a um mundo em que o acesso ao poder não dependeria mais da nascença.

Em suma, objetos, aparato e aparências, em sua suposta futilidade, são a chave de nossa liberdade para circular na hierarquia social, entrar em grupos diferentes do grupo no qual nascemos.

Alguém dirá: tudo isso é muito bom, mas será que a necessidade não deveria ser mais importante do que as futilidades de aparato e aparência, por mais que elas nos prometam liberdade?

Nos anos 70, na Índia, numa campanha de controle da natalidade, os indigentes podiam escolher: em troca de sua esterilização, receberiam um saco de arroz ou um rádio de pilha. Muitos escolhiam o rádio (embora não tivessem chance alguma de, um dia, comprar pilhas novas).

Hoje, no Rajastão, entre os que aceitam a esterilização, são sorteados televisores, liquidificadores, motocicletas, e um Tata Nano, o carro mais barato do mundo ("BBC Mobile", 1/07/11).

Tenho carinho pelos indigentes que preferiam o rádio e hoje sonham com o carro: a cultura à qual pertenço começa quando ter desejos e ser reconhecido pelos outros se torna tão importante quanto silenciar o ronco da fome.

Conclusão: lugar de saqueador é na delegacia. Agora, quem rouba iPads não é mais culpado do que aquele que rouba pão, porque, numa sociedade livre, em que a vida depende tanto do olhar dos outros quanto de mil calorias diárias, as pretensas "futilidades" (objetos de consumo e de aparato) são gênero de primeira necessidade, parte da cesta básica.

Para ler mais: o clássico "The Social Life of Things", de A. Appadurai (Cambridge University Press). Acaba de sair o ótimo "Sumptuary Law in Italy 1200-1500", de C. Kovesi Killerby (Oxford).



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

domingo, 25 de setembro de 2011

A melhor gafe do Rock in Rio até agora: Elton Jonh NÃO cantou YOUR SONG, mas Monique Alfradique A-M-O-U a performance da música!! Oi??

Nada como uma gafe para comemorar esses primeiros dois dias de Rock in Rio, né? Hahahaha! Logo após o show do Sir Elton John, a repórter do Multishow perguntou para a atriz Monique Alfradique, de “Fina Estampa”, de qual música ela mais gostava.
O que ela respondeu? “Your Song”, e completou dizendo que amou quando ele começou a tocar e até se emocionou. Hahahaha! O detalhe é que todo mundo está reclamando que John não cantou a tal música.