segunda-feira, 30 de junho de 2014

Capelinha de Melão é de São João



Para quem sempre se perguntou o que significa "capelinha de melão", olha aí a explicação! É um costume antigo homenagear São João no dia 24 de junho com uma capelinha feita de melão, cravo, rosa e manjericão. Exatamente como na música!

terça-feira, 24 de junho de 2014

segunda-feira, 23 de junho de 2014

sábado, 21 de junho de 2014

Adeus mestra das mestras! Bruxa querida!

RIO — Uma das maiores representantes do movimento feminista no Brasil, Rose Marie Muraro morreu, na manhã deste sábado, aos 83 anos, em consequência de problemas respiratórios. Ela tinha câncer na medula óssea há cerca de 10 anos e, desde o dia 12 deste mês, estava na CTI. O velório começa às 8h deste domingo, no Memorial do Carmo, no Caju, e a cremação está marcada para as 16h.


Rose Marie estudou Física, foi escritora e editora de livros. Foi responsável por publicações polêmicas e contestadoras. Nos anos 1970 e 80, foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil. Ao longo da vida, escreveu 44 livros — como "Os seis meses em que fui homem" (1993), "Feminino e masculino" (2002), "Por que nada satisfaz as mulheres e os homens não as entendem" (2003), que venderam mais de 1 milhão de exemplares. Em 1999, ela contou sua história na autobiografia "Memórias de uma mulher impossível".

terça-feira, 17 de junho de 2014

Caetano Veloso elogia torcida argentina e faz relato de ida ao Maracanã: "Beleza"



Confira o texto de Caetano Veloso:

"Fui com meu filho mais novo ver Argentina x Bósnia no Maracanã. Fomos de metrô. A estação da General Osório estava cheia. Gostei de ver tantos argentinos nas plataformas. Muitas camisas celeste-e-branco nos vagões (meu filho, admirador do futebol portenho desde pequeno - quando era fã de Riquelme - e devoto de Messi, usava uma camisa do uniforme B da seleção argentina), mas foram os mexicanos que fizeram mais barulho dentro do trem, gritando "México, México" e girando uma matraca ensurdecedora.

Adorei ir vendo as estações se seguirem: General Osório, Cantagalo, Siqueira Campos, Cardeal Arco Verde, Botafogo, Glória, Cinelândia, Carioca, Uruguaiana, Presidente Vargas, tudo me trazendo à mente as zonas da cidade acima. Não sei se na Uruguaiana ou na Central (talvez antes), tivemos de trocar de linha, passando da que vai para o Uruguai para a que vai para a Pavuna. Na espera do trem em que prosseguiríamos, tivemos um trailer do que a multidão argentina faria no Maracanã: grupos enormes de rapazes de azul e branco puxando cânticos lúdico-bélicos com voz mais próxima à de coro de ópera das torcidas italianas do que das guturalidades bárbaras dos ingleses. Na estação Maracanã, um largo rio desse coral dominava a passarela.

Já nas arquibancadas, ouvíamos com emoção os refrãos. Esperávamos alguma torcida brasileira contra a Argentina. Mas os gritos de "Olê olê olê olá, Bosniá, Bosniá" só cresceram quando o time argentino pareceu bem menos enérgico do que a torcida - e os bósnios ameaçaram dominar. O gol da Bósnia encorajou o narcisismo das pequenas diferenças que alimenta a rivalidade entre argentinos e brasileiros. Os torcedores argentinos tinham tomado conta do Maracanã desde a entrada do seu time. O gol contra (será que é a regra nesta Copa?) silenciou os pouquíssimos torcedores bósnios e os muitos brasileiros que os apoiavam.

Meu filho profetizou que Ibisevic traria força à Bósnia. E seu gol excitou a torcida anti-rioplatense. O Maracanã cheio de argentinos torcendo era uma beleza. Senti a força do sentimento de nacionalidade como uma coisa que encontra no futebol um canal de expressão sem vergonha. Meus olhos se encheram de lágrimas. A rivalidade Brasil-Argentina me fazia sorrir.

Umas três vezes pintou eco de começo de briga em algum lugar: os assentos batucavam com as pessoas levantando-se de repente para ver (e possivelmente defender-se). Mas nada cresceu. Uns brasileiros à nossa frente, que vaiavam os argentinos e louvavam a Bósnia, revelaram-se ao substituir a frase "soy argentino", num cântico, por "sou vascaíno" - e por dizerem, ao ver que um brigão expulso lá no alto vestia camisa rubronegra, "só podia ser flamenguista".

O fato é que, quando os torcedores brasileiros em peso decidiram responder ao "olê olê Messi" com um "olê olá Neymar", Messi, que parecia inativo, fez um daqueles gols precisos e surpreendentes que só ele faz. Ele pareceu instigado. Foi um diálogo Brasil-Argentina de grande profundidade.

No todo, para mim, foi uma experiência exaltante e, de algum modo secreto, animadora. Há Copa, o metrô anda, muita gente que nem sabe onde fica a Bósnia gritou o nome desse país, e nossa íntima Argentina chegou a brilhar num corisco, sem que houvesse tempo e ritmo para que hostilidades brutas aflorassem. Estávamos longe dos palavrões dirigidos a Dilma no Itaquerão. Esses, não dá para perdoar."

Copacabana Baphonica

Mó animação, 50 mil argentinos e gente do mundo todo na ferveção de copa!







sexta-feira, 13 de junho de 2014

Viva Tonho! O mais querido!


Meu Santo Antônio querido, eu vos peço por quem sois: dai-me o primeiro marido que o segundo eu arranjo depois!


terça-feira, 10 de junho de 2014

Parabéns para O DEUS da música! Pois melhor do que o silêncio só JOÃO!! Vivaaaaaaaaaaaaaa


Completando 83 anos nesta terça-feira, João Gilberto pode ser considerado, no mínimo, um homem excêntrico. Reunimos as dez melhores histórias e curiosidades do baiano precursor da Bossa Nova, que faz da sua voz e violão um show à parte. Confira!

1-      João Gilberto odeia quem conversa em seu show. Ele pede silêncio constantemente, além de reclamar de detalhes técnicos, como a acústica e a temperatura do ar condicionado.

2-      O cantor tem uma espécie de fobia social. Por isso, João Gilberto recebe bilhetes frequentemente por debaixo da porta, como forma de comunicação. Até Elba Ramalho passou por isso. A cantora ligou para o apart hotel em que ele vive, no Leblon, e pediu para vê-lo. Ele perguntou: “Você tem um baralho”. Ela disse que sim e foi comprar um. Ao chegar ao apart hotel, ele pediu que ela passasse o baralho por baixo da porta, e não a recebeu.

3-      Segundo Ruy Castro, autor do livro “Chega de Saudade”, sobre a Bossa Nova, ele tem hábitos fixos. Acorda às cinco horas da tarde, almoça quase meia-noite e janta às sete da manhã. João Gilberto odeia alterações em sua rotina.

4-       Ainda segundo o escritor, ele não tem faxineira. Uma vez por mês o próprio João Gilberto faz a limpeza. O lustre da sala está para cair, pois o cantor não deixa o eletricista entrar no apartamento.

5-      Segundo Marco Antonio Bompet, namorado de Nara Leão, João passava o dia tocando violão no banheiro, de pijama. Ele acreditava que a acústica do local era a mais favorável.

6-      Antes de João estourar, dizem que ele tocava para sua sobrinha dormir. E aí surgiu a inspiração para a Bossa Nova.

7-      O baiano pede comida todos os dias no mesmo lugar. Segundo Ruy Castro, ele liga todos os dias para o mesmo garçom, pergunta se tem alguma novidade no cardápio e, seja qual for a resposta, pede um steak ao sal grosso. A comida é entregue por um copeiro pela porta entreaberta, que depois pega os pratos que ficam no chão do corredor de entrada. O detalhe é que o copeiro faz o mesmo serviço há anos e mesmo assim nunca o viu.

8-       Durante a gravação de “Samba de uma Nota Só”, em 1963, João Gilberto se irritou com os erros do saxofonista americano Stan Getz. E pediu para Tom Jobin: “Diga pra esse gringo que ele é burro”. “Stan, o João está dizendo que o sonho dele sempre foi gravar com você”, traduziu Jobim. “Engraçado. Pelo tom de voz, não parece que é isto o que ele está dizendo”, finalizou Getz.

9-      João Gilberto sofreu uma ação de despejo do apartamento que aluga no Leblon, na zona sul do Rio. A briga judicial começou porque a dona do apartamento, Georgina Brandolini D’Adda, que mora na Itália, alegou “motivações pessoais”, depois do cantor não permitir o ingresso de pedreiros que iriam consertar uma janela.

10-   Dizem os amigos que  João Gilberto gosta de dirigir de olhos fechados, “guiado pelas estrelas”, ou por um “santo muito forte”, como dizem os outros. João adorava fazer isso com seu Monza e pela avenida Atlântica, no Rio de Janeiro.