domingo, 7 de junho de 2009




Existe pensamento sério no Brasil? A partir dessa pergunta, Eduardo Giannetti da Fonseca divertiu o auditório anteontem, em palestra na Cultura do Villa-Lobos, traçando um quadro rigoroso sobre a vida acadêmica do País.


No Brasil, ironizou o economista, “cada geração está sempre começando tudo de novo” e os acadêmicos dedicam sua energia a “modismos intelectuais”. Na universidade, “a meta é dominar a tecnologia de reproduzir o aprendizado. Não se ousa saber o novo”.E no entanto, destacou, o maior feito científico do século 19, a teoria da evolução de Darwin, “não tem uma única equação”. E o maior do século 20, a descoberta do DNA por Francis Crick e James Watson, “está explicado em uma página”.


A crítica? “Fica entre o tapinha nas costas e o patrulhamento. É preciso despersonalizar o embate das idéias.”Deu um exemplo divertido: quando se pergunta “há racismo no Brasil?”, 90% dizem que sim. E na questão seguinte, “você se considera racista?”, 98% dizem que não. “Eis o paradoxo do Brasil: o brasileiro é o outro”, finalizou, em evento da revista Dicta e Contradicta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário