Quando as pessoas pensam em música brasileira, pensam em samba e bossa nova. Entre esses dois ritmos, há uma década esquecida, um período em que um ritmo nordestino foi levado ao sul, tomou o país como um furacão, e logo se espalhou pelo mundo. É o mais excitante e autêntico de todos os sons brasileiros, o BAIÃO.
“O Homem Que Engarrafava Nuvens” é sobre o criador desse movimento musical, Humberto Teixeira.
Dirigido por Lírio Ferreira, o premiado diretor de “Árido Movie”, “Cartola” e “Baile Perfumado”, esse documentário-musical conta a história de Humberto Teixeira, o “Doutor do Baião”, o compositor por trás de clássicos como Asa Branca, uma das canções mais populares do Brasil. O filme não é só uma celebração de genialidade poética e musical de Teixeira, mas é também uma jornada de descoberta, do sertão, do baião, da cultura e da história do Brasil.
Crítico de teatro e colunista dos jornais "Folha de S. Paulo" e "O Estado de S. Paulo", depois comentarista de televisão, Francis tornou-se conhecido por uma disposição para criticar tudo e todos sem meias palavras. Como quando afirmou, durante a campanha presidencial de 1989, que, caso Lula ganhasse a Presidência, "o Brasil voltaria para o tempo do carro de bois".
Na época, ele também escreveu que se deveria votar em Fernando Collor de Mello porque era "branco como nós".
Alguns consideravam esse estilo agressivo um sinal de independência e pensamento original. Outros o julgavam irresponsável - como ele foi, efetivamente, ao fazer acusações que não podia provar contra a Petrobras. Francis dizia na TV que a diretoria da empresa "punha dinheiro na Suíça" e era "a maior quadrilha que já existiu no Brasil". Em resposta, o então presidente da empresa, Joel Rennó, processou-o em Nova York, numa ação em que o pedido de indenização alcançava US$ 100 milhões.
Amigo pessoal de Francis, Hoineff defende a tese de que essa ação judicial "matou" Francis, que faleceu em decorrência de problemas cardíacos. Além disso, insinua ter havido algum tipo de negligência do médico do jornalista, Jesus Cheda, ouvido no filme.
Henning Albert Boilesen foi um personagem-chave na ditadura brasileira. Um empresário dinamarquês naturalizado brasileiro, era conhecido entre os seus amigos como uma pessoa alegre, agradável, afável. Para a ditadura, ele foi o responsável por recolher as contribuições do setor privado para financiar a Operação Bandeirantes, uma das ações mais violentas da história brasileira. Foi acusado de não apenas financiar a tortura, como estaria presente nas sessões. O documentário de Chaim Litewski , mais do que investigar o fator histórico, se focou na pessoa, e em todos os aspectos que ela trazia.
Cidadão Boilesen é um filme multifacetado, assim como personagem que investiga. Ele tem sua parcela de filme denúncia, e não tem como negar que é eficiente em despertar o público pra questão da tortura no Brasil durante a ditadura militar, e em como muito pouco foi feito em relação a isso. Ao mesmo tempo, é um filme que mostra um panorama histórico sobre uma determinada época da política brasileira. Contextualiza, e muito bem, todos os acontecimentos, com farto material histórico e entrevistas muito eficientes. Ainda assim, chama a atenção a paradoxo da pessoa, a dicotomia entre o pai de família, cujo filho não consegue entender o que o pai fez de errado, e a pessoa que sentia prazer em ver pessoas sendo castigadas.
OI, lÚ !!
ResponderExcluiroBRIGADA pelas recomendações !!!
Adoooooro baião, forró, pé de serra !! Adoro Gonzagão e seus seguidores.
Tenho me surpreendido com o cinema brasileiro desta década. Temos melhorado muito !!
Vi os cartazes e sinopses sobre o filme "cidadão boil...", mas este tema tortura e ditadura acaba comigo...por isso não fui ver ainda.
Beijos.
POis é Jana,
ResponderExcluirRealmente o cinema brasileiro deu uma renascida mesmo nos últimps anos, e o que eu mais gosto é que tem MUITOS filmes sobre MPB. Luxo!!!