quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cafona, cafona, cafona!

Gostei muito do post do blog http://www.flavialhacer.blogspot.com/
Penso exatamente como a autora, e na minha formatura eu só fui porque era obrigada a ir, cheguei a tentar mandar um represantante porque achava tudo cafona demais e na dita cuja nós não nos fantasiamos com a mortalha, digo, com a beca e o pavoroso chapeu, tsá? Foi com roupa comum, mas a chatice de sempre, argh!
Eu pensava na ocasião que como tinha feito uma graduação, era obvio que teria que encerrá-la e nada mais. Não estava fazendo nada mais do que minha obrigação como universitaria e nao via sentido em participar de ritual tão careta.
Casamento nem se fala: o horror, o horror!!!

Reproduzo aqui o post da Juliana Cunha:
"Todos os casamentos legais que conheço são fictícios e as formaturas nem isso são. Acho que isso diz alguma coisa. Eu nunca fui a uma única festa de casamento legal, é sempre um ritual chato onde uma psicopata megalómana com sonhos de princesa tardios se diverte enquanto as pessoas olham pra ela. Alguém com todas as faculdades mentais intactas produziria uma festa inteira com o único objetivo de ser contemplada? Essas pessoas conhecem o fotolog.com?
Casamentos de pobre são ainda mais chatos que os de rico porque tentam reproduzir o esquemão com baixo orçamento. Sabe, eles tinham a chance de fazer uma outra coisa, uma coisa completamente diferente, mas repetem todas as etapas, todos os procedimentos dos ricos, só que com garfinho de plástico e racionamento de espumante. Me lembra aqueles apartamentos de 47m2 com hall e sala de jantar.
Na última formatura em que estive presente tocaram “we are the champions” sendo que, um ano depois, o formado continua no mesmo trabalho de nível técnico. As pessoas podiam dar menos material. Por que não buscar o diploma no colegiado e comer uma pizza com a família?
Eu sei, eu sei. O que não é importante para mim pode ser importante para as outras pessoas, mas o que há de errado com a simplicidade? Parece que até os batismos viraram grandes festas. Hoje você não consegue jogar uma água na testa do seu filho sem que isso envolva ao menos quinze pessoas.
De todas as coisas que eu não compreendo na minha vida, a grandiosidade sempre será o top #1. Houve um tempo em que casamento era para sempre. Houve um tempo em que diploma era divisor de águas. Esse tempo passou. Fica a dica.
Esse filme da foto, Ghost World, tem algumas das minhas falas favoritas. Tipo: “Rebeca: This is so bad it’s almost good / Enid: This is so bad it’s gone past good and back to bad again”. E também aquela parte em que o Seymour diz “Maybe I don’t want to meet someone who shares my interests. I hate my interests”.
Juliana Cunha

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