domingo, 29 de agosto de 2010

É um grande filme, sem dúvida, mas muito arrastado em alguns momentos e também com um excesso de cenas escuras, muito escuras. Tenso!


Antes de sua ascensão ao poder na Itália, o fascista Benito Mussolini (1883- 1945) foi um jovem manifestante socialista, já com certo talento para agitar as massas. Na época, envolveu-se com Ida Dalser, dona de um salão de beleza, que pagou caro por sua cega paixão pelo futuro ditador. O fascinante drama de Bellocchio (“Bom Dia, Noite”) revela o homem por trás do mito a partir do ponto de vista dessa mulher extremamente passional. Depois de vender seu negócio para financiar os ideais políticos do amante e de ter um filho com ele, a moça (interpretada por Giovanna Mezzogiorno) é deixada de lado para não atrapalhar a imagem impecável do líder. Por anos, ela permanece fiel a esse amor, apesar de Mussolini e seus comparsas fazerem de tudo para taxá-la de louca e apagar qualquer documentação que comprovasse o romance. A história, revelada em livro há pouco tempo pelo jornalista Marco Zeni, carrega detalhes sórdidos muito bem explorados. Chama atenção a visceral atuação de Filippo Timi, em dois papéis. Como o Dulce, ele consegue fugir do caricato. Mais tarde, o ator se transforma para viver o filho rejeitado, em performance angustiante.



Olha só quem estava na mesma sessão de sábado a tarde em que eu estava com minha amiga Koka Grael:


E aí, ministro? Gostou do filme? Apesar de belo eu achei chatinho e usted?

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