sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Na hierarquia dos eventos mais bizarros de que a raça humana é capaz, as festas de final de ano "na firma" só perdem para a colação de grau.
Tá aqui o excelente texto de Renato Cabral – roteirista e redator; ruminante e criador, que comprova perfeitamente essa grande verdade!
"A passagem do homem pela Terra está repleta de surpresas. Nem sempre agradáveis, não há dúvidas. Para chegarmos até aqui, tivemos que colocar a serviço da vida toda a criatividade e senso de sobrevivência que herdamos de nossos ancestrais, desde que eles eram amebas fedorentas. Mas parece que agora a coisa toda extrapolou o bom senso e perdemos de vez o senso do ridículo. A consequência disso são as festas de fim de ano.
Na hierarquia dos eventos mais bizarros de que a raça humana é capaz, o “Amigo Oculto” só perde para a colação de grau. Quando é feita na empresa, a coisa tende a ser pior. Numa agência então o grau de nocividade alcança níveis que legitimariam uma quarentena no quarteirão. E todo esse mal-estar começa com aquela velha psicóloga do RH, que na verdade se formou em Letras e que gravou um LP de sucesso na década de 80 sobre uma bailarina perneta que se apaixona por um estivador do porto de Santos.
Ela organiza a farra há 12 anos e nos dias que precedem a festa, gasta, em média, cinco horas de sua estafante jornada para fazer os preparativos: pegar os R$ 5 da turma para o salgadinho; mandar e-mails internos diagramados pelo diretor de arte com aquela sacadinha no título manjada pelo redator. O problema é que, pelo hábito, ela pega o JPG e enfia num Power Point gigante com uma música de Natal.
Para o desgosto do dono da agência, há ainda as impressões contínuas de folhas A4 no módulo perfeito para fazer o “Faltam 3 dias”.Ela ainda recorta, escreve e tira os nomes de todos na agência, para depois recolher tudo de volta e refazer o trabalho, pois um tal de Hamilton, arte finalista, saiu do quadro de funcionários e ela não atualizou o Excel. É provável que ela ainda repita o processo mais uma vez devido às amigas do atendimento, que pediram para saírem com o diretor de criação ou por causa dos tarados da mídia, que ofereceram dinheiro a ela para saírem com a estagiária gostosa da redação.
Depois da moda do R$ 1,99, tudo ficou mais fácil, pois acabaram as desavenças e as conversas pós-revelação. Antigamente o sujeito ganhava um CD original do U2 e dava um par de Havaianas. O 1,99 exime o ser humano de qualquer culpa. Você pode ganhar desde um CD do U2 até um par de Havaianas, mas saberá que custaram o mesmo preço.
E chega o grande dia. O diretor de criação, naturalmente, se sente impelido a dar início ao show de horrores. Ele se levanta, os puxa-sacos (diretores de arte na sua maioria) ainda tentam em vão fazer o grupinho que está tuitando parar, e começa a fazer suas explanações. Diz coisas sobre a importância do trabalho em grupo, cita os valores da agência, relembra os segundos lugares nos prêmios nacionais e chega ao absurdo de criar uma analogia ente o “Amigo Oculto” e a importância de se valorizar o atendimento full service da agência pra agregar valor ao negócio e à marca. Enquanto ele fala, aquele cara mais desavisado corre para a sala ao lado e rouba um daqueles anjinhos de gesso da escrivaninha da secretária. Esqueceu de comprar o presente. Embrulha na Folha de São Paulo mesmo e tá valendo.
Todos, sem exceção, começam suas falas com: “o meu amigo… gente, eu vou falar que é amigo, mas pode ser homem ou mulher, viu?”. É que o Amigo Oculto faz com que até criativos fiquem com QI na média das leguminosas. E nisso tem início um previsível incômodo. Há fofocas pelos cantos. A Tereza, do financeiro, que está morando em república e pediu na lista utensílios para a sua despensa, ganhou um porta-retrato e está revoltada. E tem sempre, claro, os redatores engraçadinhos, que ficam o tempo todo fazendo brincadeirinhas, trocadilhos e macaquices durante as longas e enfadonhas revelações.
Enfim, o gran finale, o momento derradeiro onde toda a humanidade é esquecida e qualquer referência à postura, índole, cortesia, ou status dentro da hierarquia são apenas falácias vazias de um mundo civilizado já esquecido. É a hora em que o salgadinho está liberado. Nisso, é possível ver até diretor de criação se acotovelando com as meninas do café em busca de uma coxinha e um pouco de refrigerante. Sem contar a Cláudia, da recepção, tentando em vão fazer o seu pratinho e guardar um pouco de salgadinho pro vigia. Pára, eu quero descer!
"A passagem do homem pela Terra está repleta de surpresas. Nem sempre agradáveis, não há dúvidas. Para chegarmos até aqui, tivemos que colocar a serviço da vida toda a criatividade e senso de sobrevivência que herdamos de nossos ancestrais, desde que eles eram amebas fedorentas. Mas parece que agora a coisa toda extrapolou o bom senso e perdemos de vez o senso do ridículo. A consequência disso são as festas de fim de ano.
Na hierarquia dos eventos mais bizarros de que a raça humana é capaz, o “Amigo Oculto” só perde para a colação de grau. Quando é feita na empresa, a coisa tende a ser pior. Numa agência então o grau de nocividade alcança níveis que legitimariam uma quarentena no quarteirão. E todo esse mal-estar começa com aquela velha psicóloga do RH, que na verdade se formou em Letras e que gravou um LP de sucesso na década de 80 sobre uma bailarina perneta que se apaixona por um estivador do porto de Santos.
Ela organiza a farra há 12 anos e nos dias que precedem a festa, gasta, em média, cinco horas de sua estafante jornada para fazer os preparativos: pegar os R$ 5 da turma para o salgadinho; mandar e-mails internos diagramados pelo diretor de arte com aquela sacadinha no título manjada pelo redator. O problema é que, pelo hábito, ela pega o JPG e enfia num Power Point gigante com uma música de Natal.
Para o desgosto do dono da agência, há ainda as impressões contínuas de folhas A4 no módulo perfeito para fazer o “Faltam 3 dias”.Ela ainda recorta, escreve e tira os nomes de todos na agência, para depois recolher tudo de volta e refazer o trabalho, pois um tal de Hamilton, arte finalista, saiu do quadro de funcionários e ela não atualizou o Excel. É provável que ela ainda repita o processo mais uma vez devido às amigas do atendimento, que pediram para saírem com o diretor de criação ou por causa dos tarados da mídia, que ofereceram dinheiro a ela para saírem com a estagiária gostosa da redação.
Depois da moda do R$ 1,99, tudo ficou mais fácil, pois acabaram as desavenças e as conversas pós-revelação. Antigamente o sujeito ganhava um CD original do U2 e dava um par de Havaianas. O 1,99 exime o ser humano de qualquer culpa. Você pode ganhar desde um CD do U2 até um par de Havaianas, mas saberá que custaram o mesmo preço.
E chega o grande dia. O diretor de criação, naturalmente, se sente impelido a dar início ao show de horrores. Ele se levanta, os puxa-sacos (diretores de arte na sua maioria) ainda tentam em vão fazer o grupinho que está tuitando parar, e começa a fazer suas explanações. Diz coisas sobre a importância do trabalho em grupo, cita os valores da agência, relembra os segundos lugares nos prêmios nacionais e chega ao absurdo de criar uma analogia ente o “Amigo Oculto” e a importância de se valorizar o atendimento full service da agência pra agregar valor ao negócio e à marca. Enquanto ele fala, aquele cara mais desavisado corre para a sala ao lado e rouba um daqueles anjinhos de gesso da escrivaninha da secretária. Esqueceu de comprar o presente. Embrulha na Folha de São Paulo mesmo e tá valendo.
Todos, sem exceção, começam suas falas com: “o meu amigo… gente, eu vou falar que é amigo, mas pode ser homem ou mulher, viu?”. É que o Amigo Oculto faz com que até criativos fiquem com QI na média das leguminosas. E nisso tem início um previsível incômodo. Há fofocas pelos cantos. A Tereza, do financeiro, que está morando em república e pediu na lista utensílios para a sua despensa, ganhou um porta-retrato e está revoltada. E tem sempre, claro, os redatores engraçadinhos, que ficam o tempo todo fazendo brincadeirinhas, trocadilhos e macaquices durante as longas e enfadonhas revelações.
Enfim, o gran finale, o momento derradeiro onde toda a humanidade é esquecida e qualquer referência à postura, índole, cortesia, ou status dentro da hierarquia são apenas falácias vazias de um mundo civilizado já esquecido. É a hora em que o salgadinho está liberado. Nisso, é possível ver até diretor de criação se acotovelando com as meninas do café em busca de uma coxinha e um pouco de refrigerante. Sem contar a Cláudia, da recepção, tentando em vão fazer o seu pratinho e guardar um pouco de salgadinho pro vigia. Pára, eu quero descer!
Tuitadas da Dona Bárbara, ou: @donaheliodora.
"Nana neném que a net vai pegar... Papai no facebook, mamãe foi tuitar..."
O sábio pensa para falar. O impulsivo fala sem pensar. E os metidos a inteligentes pensam, pensam, pensam e ainda falam merda.
85% dos brasileiros nunca foram ao teatro. Os 15% restantes se arrependeram.
Para os talentosos desejo perseverança, para os sem-talento um novo emprego. E para os aproveitadores um bom plano funerário.
A tragédia não é o evento catastrófico, mas o pequeno desgaste que corrói diariamente.
Hoje irei ao show de Roberto Carlos na praia de Copacabana. Apenas para dizer-lhe que "rei" só existe um: Shakespeare.
Feliz 2011! Abraços do Rio de Janeiro para todos!
O Cristo Redentor "fechou" os braços, num abraço simbólico ao Rio de Janeiro.
O efeito - uma ilusão de ótica provocada por projeção de luzes e imagens - faz parte da campanha "Carinho de Verdade", de combate à violência e exploração sexual de crianças.
Para simular o abraço, o cineasta Fernando Salis usou oito projetores, que cobriram a estátua com imagens do Rio, como sobrevoos de asa-delta, as florestas e até mesmo o trânsito.
Ao som de Bachianas Brasileiras n.º 7, de Villa Lobos, e com animação em 3D, a estátua parece fechar os braços.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Carlos Drummond de Andrade
Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.
Super dica para quem detesta pochete, mas precisa carregar umas cositàs! Faça em 3 segundos um FUROSHIKI, ué!
Fala a antenadíssima Rosana Hermann:
"Sim, todos nós odiamos pochettes. Todos nós também adoramos catar conchas e carregar coisinhas. Se você ou seu marido estiverem de bermuda, calça, short ou qualquer coisa que tenha 'passantes' de cinto, pegue um lenço quadrado e faça uma pochete. Muito útil pra carregar um dinheirinho, pegar conchas, levar um creme, quando você não tem uma bolsinha por perto. "
Obrigada, Superziper!
"Sim, todos nós odiamos pochettes. Todos nós também adoramos catar conchas e carregar coisinhas. Se você ou seu marido estiverem de bermuda, calça, short ou qualquer coisa que tenha 'passantes' de cinto, pegue um lenço quadrado e faça uma pochete. Muito útil pra carregar um dinheirinho, pegar conchas, levar um creme, quando você não tem uma bolsinha por perto. "
Obrigada, Superziper!
A cor de 2011 será...
Se depender da cor, 2011 vai ser um ano para encararmos nossos problemas com mais vigor, quando estaremos com espírito elevado e mais encorajados. Não entendeu nada? Pois essa é a definição da Pantone para a “Honeysuckle” (Pantone 18-2120), eleita pela empresa como a cor do próximo ano. Boa aposta para passar o reveillon, não acham?