domingo, 31 de julho de 2011

Fela Kuti, o gigante do afrobeat.

O nigeriano Fela Kuti não é tão reverenciado quanto o americano James Brown ou o jamaicano Bob Marley. Mas o impacto criativo que causou no cenário musical dos anos 1970 e 1980 pode ser comparado ao desses dois gigantes da música negra. Agora, 14 anos após sua morte, a influência de Fela chega ao ápice com a apropriação de suas invenções musicais por artistas como Beyoncé e Jay-Z, entre outros (leia o quadro abaixo).

“Está acontecendo um revival de sua música”, diz Joe Tangari, crítico do site Pitchfork, um dos mais importantes da crítica musical na internet. “A música africana nunca esteve tão em evidência, e ninguém é tão grande hoje quanto Fela.” Em 2009, sua vida foi adaptada para um musical da Broadway, Fela!, que ganhou três prêmios Tony, o Oscar do teatro.


No Brasil, o lançamento da biografia do músico é um sintoma do novo interesse por ele e seu trabalho. Fela – Esta Vida Puta (Nandyala, 344 páginas, R$ 38), escrita pelo jornalista cubano Carlos Moore em 1982, é um relato em primeira pessoa de uma vida conturbada. Nascido em 1938, a 100 quilômetros de Lagos, Fela Kuti era filho de um reverendo e uma feminista militante. Gente de classe média. Na juventude, estudou música em Londres e ali conheceu as ideias de Malcolm X, ativista da causa negra, e o funk de James Brown. Quando voltou à Nigéria, formou a banda Africa 70, com 30 integrantes, passando a tocar em seu próprio clube, The Shrine (o santuário), em Lagos. Ao improvisar durante horas no sax e nos teclados, misturando jazz, funk e ritmos africanos, criou um novo estilo musical, o afrobeat. Em 1970, fundou numa favela a comunidade Kalakuta (a república), onde vivia com suas 27 mulheres e os músicos de sua banda. Ele administrava o harém com um rígido cronograma sexual. Seu estilo de vida (que incluía o consumo de drogas) e suas letras politizadas fizeram dele um inimigo do Estado militar nigeriano: foi preso, apanhou da polícia, viu (literalmente) suas esposas ser estupradas por soldados. Continuou perseguido até 1997, quando morreu de aids. A intensidade da vida ficou marcada na música, que agora ganha o reconhecimento devido.




GILBERTO GIL


Conheceu Fela em uma viagem à Nigéria em 1977 e no prefácio da biografia escreveu que ele é “o mais recente gênio africano”. Sua música, que engloba reggae, forró, samba de roda e tropicalismo, tem ecos com a de Fela especialmente no parentesco nem tão distante entre a música tradicional da Bahia e a da Nigéria.
 
MARISA MONTE


Desde sempre conhecida pela mistura de estilos com seu som tropicália-chic, Marisa Monte também apontou seu radar para Fela, no disco "Mais", de 1994. Na mesma faixa em que cruza “Ensaboa”, de Cartola, com “Lamento da lavadeira”, de Monsueto, ela canta um trecho (não-creditado) de “Sorrow, Tears & Blood”.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Luto! “Neste mundo de maldades não tem mais o inocente. O que tem, isto sim, por todo lado, é o esperto ao contrário”.

Morre Estamira, personagem-título de premiado documentário brasileiro
Ela estava internada desde terça (26), no Hospital Miguel Couto, no Rio.
Filme dirigido por Marcos Prado mostrou cotidiano da catadora de lixo.

Segundo a Secretaria municipal de Saúde, Estamira, de 70 anos, estava internada no Hospital Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul da cidade, desde a última terça-feira (26) e morreu como consequência de uma septicemia (infecção generalizada a).Marcos Prado, diretor do documentário, falou sobre o convívio com a catadora de lixo, que também era diabética, e que há mais de 20 anos trabalhava no aterro sanitário em Gramacho, localizado no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

"Foi fascinante. Ela era quase que uma profetisa dos dias atuais, uma pessoa muito legítima. Jamais montamos suas frases na edição. Todos os discursos incluídos no filme são contínuos. Ela acreditava ter a missão de trazer os princípios éticos básicos para as pessoas que viviam fora do lixo onde ela viveu por 22 anos. Para ela, o verdadeiro lixo são os valores falidos em que vive a sociedade", comentou Prado.
Ernani, um dos três filhos deixados por Estamira, ainda não sabe exatamente qual será o destino do corpo da mãe. "Estamos querendo fazer o sepultamento no Cemitério do Caju, onde minha avó foi enterrada, mas ainda não tive muito tempo para resolver essas coisas. Por isso, não sei quando será o enterro".





Negligência
Tanto Ernani quanto o diretor Marco Prado, que ajudou na internação da catadora, acusam o hospital de negligência. "Ela foi inadequadamente atendida. Ficou literalmente abandonada nos corredores do hospital sem nenhum tipo de atendimento, só com o filho como testemunha. E isso quando já existia o diagnóstico de infecção generalizada. A indignação é grande. E é triste saber que outras Estamiras vão morrer pelo mesmo descaso", destacou o cineasta.
Procurada pelo G1, a Secretaria municipal de Saúde negou as acusações e afirmou que em momento algum a paciente foi acomodada em um dos corredores do hospital, onde, segundo a administração da unidade, é proibido internar pacientes.



 
“Existe a lucidez e a ilucidez. A gente aprende alguma coisa de tanto lucidar”.

“Vocês não aprenderam nada na escola. Vocês só copiam hipocrisias e mentiras charlatais!”

“Eu não sou como vocês, que são apenas robôs sanguíneos!”.


“Neste mundo de maldades não tem mais o inocente. O que tem, isto sim, por todo lado, é o esperto ao contrário”.

“Tempo eterno é tempo infinito, mas tem o além e o além do além. Nenhum cientista foi até o além, quanto menos no além do além. Para mim, tudo o que nasce é nativo, isto é, natal”.

 

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Capela Matisse! Um tesouro escondido da turistada!

A visita à Chapelle du Rosaire de Vence, também conhecida como Capela Matisse na missa das 10:00 nos domingos de manhã é uma curiosidade.


Antes da abertura da porta, por volta das 9:30 começam a chegar os interessados, tanto pela arte de Matisse como pela missa.

As irmãs que cuidam da capela são zelosíssimas em não deixar ninguém fotografar, e ficam olhando feio para qualquer um que não tenha muita cara de ir regularmente à missa.

Além disso, a missa não se mistura com as visitas, ou seja quem vai à missa não visita, e vice-versa
Fonte: http://www.stickel.com.br/atc/

quinta-feira, 28 de julho de 2011

ah, o verão...






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Iris Apfel, a eterna editrix e maravilhosa anti-minimalista!! Atórum!! Prova que velhice é um estado de espírito (de porco)!











Itens barrocos, objetos kitsch, deuses orientais… tudo misturado e junto a muita cor! Essa é a casa de Iris Apfel . Ela abriu as portas de sua casa nova-iorquina a revista Architectural Digest afirmando: “não sou do minimalismo”!