sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Nise da Silveira: cinebiografia!

Trabalho em filme sobre Nise da Silveira 'é um sonho', diz Glória Pires Longa vai retratar trajetória da psiquiatra que se tornou referência no Brasil. Dirigido por Roberto Berliner, filme também terá Flavio Bauraqui no elenco.


Uma história de bravura e determinação está prevista para chegar às telas brasileiras em 2013. Com direção de Roberto Berlinder, “Nise da Silveira – Senhora das imagens" pretende revelar ao grande público a história da trajetória profissional da médica alagoana que virou referência no tratamento da esquizofrenia no Brasil. O papel-título ficará a cargo de Glória Pires, que se diz "mergulhada" em pesquisas sobre a vida e a trajetória profissional da médica alagoana


Estamos todos apaixonados porque ela. Quanto mais a conhecemos, mais temos vontade de nos aprofundar em sua história. Está sendo uma maravilha, um aprendizado, um sonho", disse Glória, que utilizou-se de documentos, entrevistas e fotos, além da trilogia "Imagens do inconsciente", o premiado documentário sobre Nise dirigido pelo cineasta Leon Hiszman. Glória destaca a personalidade da personagem, descrita pela atriz como uma "mulher de opostos". "Ela tinha um senso de humor muito peculiar, embora fosse uma mulher muito estudiosa. Estamos justamente nesta busca para trazer estes contrastes, sua humanidade e sua enorme carga de afetividade", destacou a atriz, que também tem conversado com pessoas conviveram com a psiquiatra. "Clientes" O filme se passa entre 1942 e 1944, período em que Nise chega ao Rio de Janeiro para trabalhar no Hospital Pedro II, localizado no Engenho de Dentro, subúrbio da cidade. Lá é designada para cuidar da área de terapia ocupacional do centro psiquiátrico da unidade, transformando o setor. Os pacientes passam a ser tratados como “clientes” e a participar de atividades como jardinagem, teatro, dança e música. As chamadas oficinas de arte acabam se tornando ferramentas eficazes e fundamentais para a melhora significativa dos internos.


"A partir desse momento, alguns desses esquizofrênicos embotados transformaram-se em grandes artistas. E, pela leitura que fazia dessas obras, Nise começou a penentrar no inconsciente deles. Este talvez tenha sido seu grande triunfo. O filme fala disso tudo", comentou o diretor Roberto Berlinder, que teve a ideia da produção há cerca de 8 anos. "Não pude evitar. Começou com um pedido de ajuda para que a gente fizesse um comercial para a Casa das Palmeiras, uma das instituições que a Nise fundou. A partir daquele momento, percebemos que tínhamos uma grande história nas mãos, de uma mulher que foi contra tudo e contra todos a vida inteira. E sempre esteve do lado dos maginalizados", disse Berlinder. O tema do filme fala pessoalmente ao cineasta, o que acabou por influenciá-lo também na decisão de capitanear o projeto. "Não sei se isso explica alguma coisa ou se isso atuou no meu inconsciente, mas tive um irmão com Síndrome de Down. Ele já está morto. Foi afastado da família quando tinha dois anos. E passou por instituições a vida inteira. Certamente isso me marcou. E esse filme provavelmente será dedicado a ele", revelou. - Posted using BlogPress from my iPad

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