segunda-feira, 7 de março de 2011

Como um projeto de marketing, a família se vira no palanque dando visibilidade aos valores de olho nos turistas. Como uma Disney de figuras vivas!


 A família real inglesa vive bem. Têm palácios, iates, jatos, cavalariças, ainda pratica a cruel caça à raposa... Se nós aqui reclamamos com razão de picaretagens como a aposentadoria de ex-governadores, os contribuintes ingleses carregam um fardo pesado: sustentar os Windsor. A realeza vive bem mas tem que sobreviver e garantir a boca-livre já que a cada dia, especialmente nas novas gerações, cresce a oposição a um sistema obsoleto e primitivo. O apego à tradição é decrescente. Divisas arrecadadas de turistas atraidos pelo cerimonial e pelos símbolos da realeza são os argumentos principais dos defensores do apêndice monárquico na vida do país. Como um projeto de marketing, a família se vira no palanque dando visibilidade aos valores de olho nos turistas. Como uma Disney de figuras vivas. Manter-se na mídia é fundamental. Seja pela onda de fofofas ou por eventos noveleiros, como um casamento, uma separação, enterro, o essencial é que tudo se torne um espetáculo. O show tem que continuar. William e Kate vão virar filme, como o Eli conta, e muito mais: revista em quadrinhos, livro, sites, facebooks, e toda uma parafernália brega de pratos, lencinhos, bonés, camisetas e adesivos. É um "eveinto", como dizem os marqueteiros paulistas. Para a maioria dos ingleses, o melhor da festa é que o dia do casamento - 29 de abril, uma sexta-feira - será feriado. Melhor ainda: feriadão.


Fonte: http://paniscumovum.blogspot.com/

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