Passando a régua geral na visita de Obama ao Brasil, ficou a sensação de uma certa ressaca diplomática. Menos para os produtores de pinga responsáveis pela caipirinha da recepção carioca ao presidente americano. O cara provou, gostou e deu sinais de que pode resolver uma velha bronca comercial dos alambiques nacionais: legalizar o batismo “cachaça” da bebida exportada para os EUA.
A marvada ainda é inscrita por lá como “brazilian rum”, o que prejudica os brasucas na concorrência com o rum caribenho, o melhor do mundo. Mesmo com um ex-presidente fã da branquinha e um ex-vice-presidente dono de uma marca mineira do produto, o país não conseguuiu avançar na sua nobre causa.
A cachaça, aliás, só provocou barracos entre diplomatas dos dois países. Mire-se no caso da reportagem escrita pelo então correspondente do NYT no Brasil, Larry Rother, em 2004, que tratava da queda de Lula por uma “purinha”. Mr.Obamis, como representado nas camisetas satíricas que louvam o gênio Mussum, parece que finalmente vai resolver a pendenga.
Se nos bebes, a turma que produz 1,4 bilhão de litros de aguardente por ano ficou animada, na gastronomia parece que não fomos nada bem. A picanha e o baião-de-dois do banquete do Itamaraty não bateram com a fisiologia do gosto de Barack. Logo o baião-de-dois, um dos melhores pratos do mundo. Iguaria finíssima.
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