quinta-feira, 8 de julho de 2010

Schopenhauer e o porco espinho!











Schopenhauer foi um filósofo alemão (aí o ponto internacional do post) do século XIX, conhecido por introduzir idéias Budistas à metafísica (um verdadeiro caldeirão de idéias). Seu nome ficou entrelaçado ao pessimismo, pelas suas concepções, entre elas a de que o prazer consiste apenas no cancelamento momentâneo do sofrimento.

Dentre inúmeros conceitos pesados, existiu a parábola ou dilema do porco-espinho:
Num tenebroso inverno, um grupo de porcos-espinhos se agrupou procurando se proteger do frio. Ao se juntarem, começaram a se furar, e assim foram obrigados a se separar novamente. Ao sentir aquele frio atroz, voltaram a se agrupar, e o mesmo aconteceu, os espinhos machucaram uns aos outros.
Depois de inúmeras tentativas de se aquecerem e ao se furarem, se dispersarem, descobriram que teriam que sacrificar o calor pelo conforto de não sentir dor. E assim descobriram que a melhor situação seria permanecer a uma distancia curta dos outros para equilibrar o calor emanado e o espaço de cada um (com seus espinhos).
Esta idéia é análoga ao convívio entre seres humanos, que anseiam proximidade de outro ser, mas ao respirarem a pequena distância, notam que precisam de mais espaço ao redor. Com o afastamento sentimos a aflição da solidão, mas muito próximos corremos o risco de nos ferir.
O desafio: encontrar, medir, balancear esta tal distancia moderada onde descobriremos a condição tolerável de relacionar-se, de apegar-se, de apreciar, de amar, de desejar.
Segundo Schopenhauer, temos que gerar calor próprio para garantir a distancia correta. Existe um ponto que não é o isolamento, mas alcança uma contenção do nosso eu.
Este movimento de perto para longe, este baile entre corpos e almas é o que define relacionamentos e o que determina um contentamento à deux.

Fonte: http://escapismogenuino.wordpress.com/

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