Ouvi essa expressão do pai gênio de uma amiga. Recém separada e morando sozinha com a filha no apartamento gigante do casamento desfeito, a moça se colocou em campo para achar um lugar mais apropriado ao seu novo tamanho. Diante da perspectiva de diminuir a metragem de vida, o medo da claustrofobia habitacional bateu à sua porta. Angustiada, procurou o progenitor. O oráculo paterno foi categórico em afirmar que o egossistema da filha não se adaptaria a um sala e dois quartos.
Essa é uma expressão que vale para muitas crises: a dos filhos que saem de casa e depois não conseguem nunca mais voltar para o antigo quarto na casa dos pais. Ou dos que não largam jamais os chamegos de mãe. Tudo depende do egossistema.
A nova ciência explica também as traições sistemáticas dos que tem muito amor pra dar e o estranho apreço do mundo moderno pela fama. Vivemos em tempos de egos espaçosos, que precisam de platéias ávidas para se realizar.
A definição não se resume aos superlativos. Alguns egossistemas, como o meu, exigem a vida reclusa e a benção da rotina. Apesar de ter escolhido uma profissão que vai de encontro às minhas anti sociabilidades, vivo bem, entre escondida e exibida.
Estará o seu egossistema em equilíbrio? Pergunte ao seu dia.
Não queime neurônios, não desperdice lágrimas, não dizime os amigos, não se exceda em malefícios, respeite seu egossistema e o dos outros. Que essa fantástica alcunha fundida pelo pai gênio da minha amiga te sirva de inspiração.
Um comentário:
É mesmo!
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