Opinião da especialista Rosana Hermann:
"Trinta anos trabalhando em TV e eu não consigo entender o que passou na cabeça dos profissionais experientes da Globo quando criaram o programa para Fátima Bernardes. Ela é bonita, simpática, querida e competente. E experiente como todos. Fizeram para ela um programa inferior ao da Oprah, parecido com o antigo programa da Silvia Poppovic, com cenário escuro e sem dinâmica. A plateia, que erro. Televisão tem que ter calor, intensidade, acordes alegres ou fortes, muitas imagens, externas, pegadinhas. Gente, é um programa diurno pra mulheres! Nas férias! Que pautas são essas?
No Twitter eu vi gente perguntando o que cai mais, a audiência da Fátima ou a fortuna do Eike Batista.
E, claro, tem sempre aquela coisa de olha-quem-está-falando, inveja, emissoras e blá blá blá. Parece que não estou conseguindo explicar ou esclarecer que gosto mais de falar sobre comportamento humano em geral do que de pessoas, de indivíduos. Que olho e tento entender o novo momento da comunicação no Brasil.
Enfim, vão ter que mudar tudo. Talvez começar do zero, fazer outro programa. Ou vão correr e chamar elenco, gente muito famosa. Não acho que seja isso. Acho que não tem uma proposta para o programa. O Esquenta tem uma proposta popular, a gente entende o que é. E o Estrelas é um programa de entrevistas em externa. E o que é o programa Encontros ? (Alias, que fase E! Esquenta... Estrela....Encontro...) É um programa de quê? Entrevista? Debate? Depoimento? Não sei.
Só sei que vai ter muita gente trabalhando nesse final de semana pra trazer um programa 'alegre e feminino', sem TelePrompter, com cores vibrantes, empreguettes dançando.
Se eu fosse a Fátima sabe o que eu faria? Copiaria o Rodrigo Faro e faria o 'dança gatinha'. Fátima dançando como empreguete.
Isso. Fátima dança. 20 anos depois. E ainda graciosa e linda.
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