quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Um filme para assistir de joelhos, porque: "Poesia é voar fora da asa". Manoel de Barros.

Tentei descobrir na alma alguma coisa mais profunda do que não saber nada sobre as coisas profundas.

Consegui não descobrir..

Gosto de viajar por palavras do que de trem.



Deixei uma ave me amanhecer.


Prezo insetos mais que aviões
Prezo a velocidade das tartarugas
mais que a dos mísseis.
Tenho em mim
esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância
de ser feliz por isso.
Meu quintal
É maior do que o mundo.

(…) E, aquele

Que não morou nunca em seus próprios abismos
Nem andou em promiscuidade com os seus fantasmas
Não foi marcado. Não será exposto
Às fraquezas, ao desalento, ao amor, ao poema.

Um comentário:

luiscapucho disse...

ô, doido!