sábado, 7 de agosto de 2010

Hora de voltar ao velho companheiro, juntar os ossos e curar as feridas.



A analista junguiana Clarissa Pinkola Estés compreende a alma feminina como ninguém. Por isso, Mulheres Que Correm com os Lobos é um dos meus livros prediletos. Nunca imaginei que um livro fosse de tão grande ajuda na cura das feridas psíquicas. O livro reúne 19 lendas e histórias antigas, cujas interpretações revelam diferentes aspectos da jornada feminina rumo à totalidade. Se sondarmos as profundezas da psiquê, avisa a autora, encontraremos uma força instintiva, sábia e corajosa. É nossa porção selvagem nos dizendo para acreditar na vida, afinal, “tudo o que procuramos também está à nossa procura”.




"Na história de La Loba, a velha no deserto é uma recolhedora de ossos.
Na simbologia arquetípica, os ossos representam a força indestrutível.
Eles não se prestam a uma fácil redução.
Por sua estrutura, é difícil queimá-los e praticamente impossível pulverizá-los.
Nos mitos e nas histórias, eles representam alma / espírito indestrutível.
A alma / espírito pode ser ferida, e até mesmo mutilada, mas é quase impossível eliminá-la.
La Loba é a guardiã da alma.


Sem ela, perdemos nossa forma; os seres humanos ficam desalmados, ou sua alma fica perdida.
As pessoas fazem meditação para conseguirem um equilíbrio psíquico.
É por isso que se faz psicoterapia e análise.
É para isso que os seres humanos analisam seus sonhos e criam arte.
É por isso que muitos consultam o tarô, o I Ching, dançam, batucam, fazem teatro, arrancam poemas das entranhas e criam a oração iluminada.

TRATA-SE DE REUNIR TODOS OS OSSOS.

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