Cinco de outubro de 1962 marca o início da maior revolução musical que o mundo já viu. Chegava às lojas do Reino Unido o single de estreia de uma banda chamada “The Beatles” (na formação John, Paul, George e Ringo), que teria o impacto de um meteoro desgovernado não só na música como na história, na cultura, na política e no comportamento da humanidade para sempre. Com outras formações e outros nomes, a banda já estava na ativa antes fazendo o circuitinho Liverpool-Hamburgo, mas foi “Love me do” o grande marco do quarteto que trocou as jaquetas de couro, topetes e gomalina por terninhos comportados e cabelos mais compridos, tudo orquestrado pelo empresário Brian Epstein, com a parte musical nas mãos do produtor George Martin. Além do figurino, o corte “moptop” seria copiado à exaustão durante todos os anos 6o tornando-se com o tempo um clássico revolucionário – antes dos Beatles, qualquer rapaz que tinha cabelos mais compridos era tido como marginal. Depois dos Beatles não mais.
“Love me do” é uma música simples, boba mesmo (eu prefiro dizer ingênua), mas que trouxe consigo muito mais do que uma letrinha boa de se aprender na aula de inglês da terceira série. Sua ousadia ia muito além de um refrão e acordes repetitivos: os Beatles estavam lançando um single composto por eles mesmos (no caso, pela dupla Lennon-McCartney), algo muito incomum na época, mas que se tornou padrão no pop/rock dali em diante, e que hoje em dia é até cobrança. Quem nunca ouviu “Fulano não é bom porque não escreve suas próprias músicas”? Pois antes de “Love me do” essa era a regra. E isso é Beatles: uma fachada bonitinha e comportada com efeito avassalador. Verdade, o rock nasceu antes dos Beatles, mas foi realmente se aperfeiçoando e se expandindo com eles e depois deles. Concordo com quem diz que até mesmo naquela época poderia haver bandas melhores que os Beatles. Mas por alguma mágica ou química interna que nem Eric Clapton em “Living in the material world” sabe explicar, nenhuma delas conseguia surtir o mesmo efeito que eles. Hoje em dia é impossível imaginar o que teria sido do mundo sem o fab four – e que bom que a gente não precisa.
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2 comentários:
Amooooooooooo Beatles!!!! Confesso que Love me do não é a preferida kkkkk mas eles eram capazes de hipnotizar mesmo se cantassem uma simples lista de compras !!!!!!kkkkk
bjs
Oi Veronica,
Eu tb prefiro as musicas da segunda fase dos Beatles. Mas esse é um disco historico! Sempre tera sua importancia.
Bjs
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