quinta-feira, 4 de março de 2010

O (meu) poeta e o amor!

Numa entrevista que deu a Clarice Lispector (1920-1977), o poeta chileno Pablo Neruda (1904-1973), quando questionado sobre o que é o amor, disse que a melhor definição seria: “o amor é o amor”. “Qualquer tipo de amor.” Clarice havia acrescentado esta frase a sua pergunta. E depois: “Você já sofreu muito por amor?”. O poeta respondeu: “Estou disposto a sofrer muito mais”.

É justamente um passeio pelo amor e pelo sentimento de posse que Neruda faz em seus versos de “Ode a uma Estrela”, que a Cosac Naify lança na segunda quinzena de março. O poeta fala de um homem que, por adorar as estrelas, resolve tirar uma delas do céu e mantê-la em segredo embaixo da cama. Um dos trechos do poema diz:

"Guardei-a,/ temeroso,/ debaixo da cama/ para que ninguém a descobrisse,/ sua luz porém/ atravessou/ primeiro/ a lã do colchão,/ depois/ as telhas,/ e o telhado de minha casa.”

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