"Estive lendo aos pulos uma biografia de Einstein, como era mesmo o nome? Depois de provar que os absolutos mecânicos de Newton eram falsos e que não existe uma ordem no universo (em termos matemáticos, não exagerem nas generalizações), Einstein passou o resto da vida procurando provar que se enganara. Juro. Estou simplificando grosseiramente a questão, claro, mas isto aqui é um jornal dito popular, logo, excuseme. O fato é que, raspadas as complexidades suplementares do raciocínio de Einstein, é isso mesmo que ele tentou: encontrar um princípio normativo da desordem universal, ou seja, ordem dentro da desordem. Sifu, evidentemente. O biógrafo acha essa história "trágica". Foi aí que joguei o livro pro lado. Por que trágica? Rotineira seria a palavra exata. Sem a capacidade de Einstein não fazemos outra coisa se não buscar tertezas de permanência, organização e lucidez, com os resultados conhecidos. O gênio apenas nos revela o que escondemos de nós próprios, o que já estava em nós o tempo todo. Aguenta firme, bicho."
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