sexta-feira, 15 de junho de 2012

Manicômio Fashion. Texto de Danuza Leão! A musa do nosso querido leitor H. SAB and minha, of couse.




A loucura fashion continua. Depois de andar uns 30 quilômetros no Ibirapuera, num calor do Saara, enfim chegamos ao lugar escolhido para o desfile da Neon.

Um gramado com uma árvore enorme no centro, um misto de Hyde Park (tropical) e savana, com cadeiras de vime fazendo a roda. Chiquérrimo.

E o público -ah, o público de moda é mesmo especial. Havia pessoas com cabelo verde, bocas pintadas de azul-marinho, vestidos de renda, brilhos, jeans rasgados, jaquetas de couro douradas, unhas pintadas, uma de cada cor.

Conheci também um menino que resolveu virar menina e outros que estão pensando seriamente no assunto. O desfile começou pouco depois da chegada de Costanza -Pascolato, é claro.

E foi lindo: cerca de 30 manequins, cada uma pesando entre 30 e 35 quilos, pisaram na grama vestidas lindamente, com espadrilles sem salto ou descalças. As negras eram sublimes.



Quando se diz negras, se pensa em mulheronas, tipo Grace Jones; mas quando elas são esbeltas, delicadas e parecem estatuetas gregas de Tanagra, só que negras, dá para dizer negrinhas, ou será incorreto?

Penso que, se é o diminutivo de negra, tem que poder. Então, como eu dizia, quando entrou a negrinha mais linda de todas, com um maiô dourado brilhando feito um sol, foi um momento mágico. As pessoas se levantaram para aplaudir e algumas nem esconderam a emoção.

Voltei de carona com várias das meninas que desfilaram; contaram que comem muito, sempre, e não conseguem engordar. Elas não parecem gente -será que são?




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