quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ruy Castro explica porque o Rio sempre foi blasê com seus famosos.

Não é esnobismo, é hábito. O Rio convive com figurões desde que era sede da Colônia e do Vice-Reino, capital do Império e da República e habitat das estrelas do teatro de revista, da Rádio Nacional e da TV Globo. E de personalidades como Brigitte Bardot, que, depois de provocar algum tumulto ao chegar em 1964, logo passou a ser saudada com a frase, "Ih, lá vem a chata da Brigitte!".


Já existiam revistecas como "Escândalo" e "Confidencial", que viviam de futricas, mas a imprensa se dava relativamente ao respeito. Nunca ocorreria à "Manchete" ou mesmo à "Revista do Rádio" plantar fotógrafos atrás de árvores para flagrar indiscrições.

Hoje os famosos servem de pasto para os paparazzi no Leblon e na Barra. Mas o Rio é inocente. Tais fotos alimentam revistas feitas longe daqui, para leitores de outras plagas, siderados por celebridades que o carioca vê todo dia ao vivo sem se alterar.

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